Seleção Brasileira

O técnico italiano Carlo Ancelotti, um dos mais vitoriosos da história do futebol, está próximo de encerrar sua segunda passagem pelo Real Madrid para assumir o comando da Seleção Brasileira, conforme revelou o jornalista Mario Cortegana, do The Athletic, em 27 de abril de 2025. Segundo a publicação, Ancelotti, cujo contrato com o clube espanhol se estende até junho de 2026, optará por uma rescisão amigável ao final da temporada europeia, em maio, para iniciar um novo capítulo em sua carreira à frente do Brasil, com foco na Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.

A decisão de An Isto é motivada por uma temporada turbulenta no Real Madrid, marcada por eliminações precoces e desempenhos inconsistentes. O clube foi derrotado pelo Arsenal nas quartas de final da Liga dos Campeões, perdeu a final da Copa do Rei para o rival Barcelona e enfrenta dificuldades para acompanhar o ritmo do líder na LaLiga, onde o próprio Barcelona mantém vantagem. Esses resultados intensificaram as críticas ao trabalho de Ancelotti, apesar de seu histórico brilhante, que inclui três títulos da Liga dos Campeões (2014, 2022 e outra em sua primeira passagem) e dois Mundiais de Clubes com o Real Madrid. Fontes próximas ao clube indicam que o treinador já informou os jogadores de sua intenção de deixar o cargo, sinalizando o fim de um ciclo vitorioso.

Na Seleção Brasileira, a chegada de Ancelotti representa um marco histórico. Ele será o primeiro técnico estrangeiro a comandar a equipe desde o argentino Filpo Núñez, em 1965, rompendo uma tradição de quase seis décadas de treinadores brasileiros. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sob a presidência de Ednaldo Rodrigues, vê no italiano o nome ideal para recuperar o prestígio da Seleção após a saída de Dorival Júnior, que não conseguiu implementar um estilo de jogo convincente nas Eliminatórias Sul-Americanas. A CBF intensificou as negociações com Ancelotti nas últimas semanas, com o empresário Diego Fernandes, conhecido por sua influência no mercado sul-americano, desempenhando um papel central nas tratativas.

O plano da CBF é que Ancelotti assuma o comando em junho de 2025, antes do Mundial de Clubes, para liderar o Brasil nos próximos jogos das Eliminatórias contra Equador, em 5 de junho, e Paraguai, em 10 de junho. O contrato do italiano deve se estender até a Copa do Mundo de 2026, com possibilidade de renovação caso a campanha seja bem-sucedida. A escolha por Ancelotti superou outras opções ventiladas, como Jorge Jesus, ex-Flamengo, e Fernando Diniz, que teve passagem interina pela Seleção. A experiência de Ancelotti em grandes clubes europeus, como Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique, além de sua capacidade de gerir elencos estelares, foi decisiva para a preferência da CBF.

No Real Madrid, a sucessão de Ancelotti já é tema de debate. Xabi Alonso, atual técnico do Bayer Leverkusen e ex-jogador do clube, surge como o favorito para assumir o cargo, especialmente após levar o Leverkusen ao título da Bundesliga em 2024. Caso Alonso não esteja disponível, Santiago Solari, que já comandou o time interinamente em 2018, é cotado como solução temporária. A torcida merengue, embora grata pelos feitos de Ancelotti, reconhece a necessidade de renovação diante dos desafios da próxima temporada.

A possível chegada de Ancelotti à Seleção Brasileira já gera grande expectativa entre os torcedores. Conhecido por sua abordagem tática flexível e habilidade em extrair o melhor de jogadores como Vinícius Jr., com quem trabalhou no Real Madrid, o italiano terá a missão de reconstruir a confiança da equipe e buscar o tão sonhado hexacampeonato mundial. Enquanto isso, a CBF mantém sigilo sobre os detalhes do acordo, mas a imprensa brasileira e internacional já especula sobre o impacto que um treinador do calibre de Ancelotti pode ter no futebol pentacampeão mundial.