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Mesmo com Ancelotti e possível hexa, futebol brasileiro pode não evoluir por falta de projeto e foco apenas em resultados.
Com chegada de Carlo Ancelotti à seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026, a CBF deposita no treinador italiano a missão de conquistar o sonhado hexa. No entanto, mesmo que o título venha, especialistas e críticos alertam que o futebol brasileiro pode não sair vencedor.
A principal crítica está na falta de planejamento a longo prazo da Confederação. A seleção passou por três técnicos desde o fim da última Copa — todos interinos ou sem respaldo da diretoria. Com apenas cinco convocações até a definição do elenco para o Mundial, o projeto parece centrado unicamente em Ancelotti e no resultado final.
A eventual conquista pode mascarar erros de gestão, reforçando a cultura de improviso e o culto ao curto prazo, ignorando a importância de processos e planejamento. Em um cenário onde sete técnicos foram demitidos em apenas oito rodadas do Brasileirão, a seleção deveria ser exemplo de boas práticas — mas não é.
Apesar disso, a chegada de Ancelotti traz prestígio e experiência. Vencedor de múltiplos títulos ao longo de 25 anos na elite europeia, o treinador chega com o respeito necessário, mas sem tempo hábil para influenciar estruturalmente o futebol brasileiro.
A ausência de um projeto mais amplo e integrado — que aproximasse a seleção dos clubes e técnicos locais — pode fazer com que uma possível vitória na Copa seja apenas pontual, sem deixar legado técnico ou estrutural.